Bem-vindo ao portal dedicado à divulgação da vida e obra do Poeta caboverdiano Eugénio Tavares.

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O objectivo deste sítio é dar a conhecer a todos os factos da vida e obra do grande poeta caboverdiano, que foi também jornalista, escritor e músico. A criação e lançamento deste sítio sobre Eugénio Tavares pretende assinalar de forma especial os 75 anos da morte do poeta (ocorrida a 1 de Junho de 1930).

As informações patentes neste portal são o resultado de muitos anos de pesquisa e recolha do espólio cultural. Muitos fragmentos das obras do poeta encontravam-se dispersos por Portugal, Cabo Verde e Estados Unidos. Tornou-se necessário juntar e compilar toda essa informação, alguma da qual está disponível para consulta aqui em www.eugeniotavares.org.

Nascimento, ascendência e a família do Poeta

Eugénio de Paula Tavares nasceu na Ilha Brava, Cabo Verde, a 18 de Outubro de 1867, filho de Eugénia Roiz Nozolini Tavares e de Francisco de Paula Tavares. 

Eugénio foi baptizado na Igreja de S. João Baptista a 5 de Novembro do mesmo ano, pelo cónego vigário Guilherme de Magalhães Menezes, sendo sua madrinha Maria Medina de Vera Cruz.

Fragmento da certidão de baptismo original, de Eugénio Tavares.  Ver transcrição à direita

Muitos estudos têm sido feitos, no sentido de identificar os antepassados de Eugénio Tavares. De acordo com as informações mais recentes, enumeram-se abaixo os seus familiares e respectivas relações de parentesco.

A morte da mãe após o parto lança Eugénio na orfandade

No último quartel do século dezanove, a Brava foi a estância de cura e de repouso para toda a costa da Guiné e Gâmbia. Autêntico refúgio de europeus, residentes no arquipélago e na vizinha costa de África.

Francisco de Paula Tavares, natural de Santarém, estabelecido na Guiné, era um abastado proprietário da região de Cacheu e Geba. Rivalidades tribais levaram a insegurança à região, roubando à família a tranquilidade do seu lar.

Sua mulher, Eugénia Nozolini Roiz Tavares, encontrava-se grávida do seu terceiro filho e, agravada a sua saúde, resolveu regressar à casa paterna, na ilha do Fogo, em busca de melhoras.

Deixou o seu filho Henrique em companhia do pai levando consigo a Henriqueta de poucos anos. Na ilha do Fogo as melhoras não foram consideráveis e seguiu para a ilha Brava aos cuidados de seu primo João José de Sena, descendente de José Pedro de Sena, capitão-môr da ilha Brava. 

Nessa casa viria a nascer a 18 de Outubro de 1867 o seu terceiro filho a quem chamaram Eugénio de Paula Tavares. A infeliz mãe não sobreviveu às complicações do parto morrendo de febre púbica.

Quis assim o destino que a Brava fosse berço daquele que viria a ser um dos seus filhos mais dilectos, Eugénio de Paula Tavares.

Caídos na orfandade, Henriqueta ficou entregue aos cuidados da família Sena, mais tarde da família Ferro Nunes e Eugénio aos cuidados da sua madrinha D. Eugénia da Vera Cruz Medina e Vasconcelos. 

Para saber mais sobre a família de acolhimento de Eugénio Tavares, clique nesta ligação: família de acolhimento

De Francisco de Paula Tavares sabe-se ter morrido pouco depois e seu filho Henrique levado para o Reino de Portugal.

Esta é a versão histórica sobre a presença de Eugénio Tavares na ilha Brava, embora tenha havido através dos tempos algumas lendas e mitos acerca do assunto.