Zona critica silêncio de Pedro Pires

25-07-2011 15:32

 

O silêncio do Presidente da República, perante os problemas que a Electra tem apresentado na Praia, com as sucessivas faltas de luz e água, foi alvo de crítica do candidato Jorge Carlos Fonseca. Na noite em que falava aos maienses, Zona frisou que tem as “mãos livres e limpas”.

 


 

 


 

 


 

 

A cidade do Porto Inglês, no Maio, foi palco de mais um comício festa de Jorge Carlos Fonseca. No final da noite deste domingo, 24, e depois de ter dado a volta à ilha, o candidato presidencial defendeu perante uma plateia de mais de 500 pessoas que é a “melhor escolha” no dia 7 de Agosto, porque tem “as mãos livres de qualquer compromisso partidário” e também por ter as “mãos limpas”.

 

 

“A nossa candidatura está tranquila, tenho as mãos livres, porque não há qualquer compromisso com grupos económicos ou políticos - apesar de ter o apoio do MpD, de que me orgulho, - mas também porque tenho as mãos limpas, porque tenho a certeza que nunca matei ninguém e nunca posso ser acusado disso”, declarou o candidato.

 

 

Antes, Jorge Carlos Fonseca disse que “a morte de Amílcar Cabral não é tema para a campanha eleitoral das presidenciais”, assunto trazido a público pelo presidente do PAICV, José Maria Neves, apesar de defender que é “um assunto importante para o país, mas não é matéria para as presidenciais”.

 

 

Num rol de vários problemas que o país atravessa e que já tem vindo a enumerar, tais como o desemprego, insegurança ou a pobreza, Zona falou ainda da “falta de turismo e ligações marítimas” que afectam o Maio, e da “falência técnica da Electra, empresa que precisa de solução porque tem causado cortes constantes de luz e água, nomeadamente na capital”.

 

 

E perante estes problemas da empresa de distribuição de energia e água, Jorge Carlos Fonseca considera que “um Presidente da República tem uma palavra a dizer” e neste sentido critica o silêncio de Pedro Pires. “Tudo o que o governo faz, aceita, porque é uma espécie de ministro do primeiro-ministro. É Presidente formalmente mas, na prática, ele é uma espécie de vice-ministro. Se o governo trabalha mal, ele não tem coragem de dizer que está mal. E porquê? Porque é do mesmo partido e é subordinado do chefe do Governo”, criticou.

 

 

E com estas palavras, Zona apontou ainda “o perigo” de eleger alguém que “está em guerra com parte do partido, nomeadamente com o chefe do governo”. “Isso não é bom para o país, porque será um Presidente em choque constante e em guerra com o governo”. “Trabalharei com o governo quando tiver de trabalhar e fiscalizarei quando houver necessidade para o fazer. O meu partido é Cabo Verde e o meu caderno de encargos é a Constituição da República”, frisou.

 

 

A noite contou ainda, para além dos mandatários locais e da deputada pelo Maio, Joana Rosa, com a presença e palavras do deputado e líder parlamentar do MpD, Fernando Elísio Freire, que teceu elogios ao candidato. “Queremos alguém que acredite em Cabo Verde, que é positivo e que pense em nós, nas pessoas que passam por dificuldades e que lutam todos os dias”.

 

 

“É a candidatura da nova geração cabo-verdiana, a da liberdade, democracia, do desenvolvimento, enquanto os outros estão na lama a lutar contra os companheiros que acusam de traidores e intriguistas, nós estamos firmes, unido, serenos, tranquilos só preocupados com o futuro de Cabo Verde”, salientou Fernando Elísio Freire.