Santa Maria 2011: Dejavú, a banda da primeira noite

25-08-2005 13:20

 

 

Dejavú foi, sem dúvida, a banda da primeira noite do festival de Santa Maria, que arrancou esta sexta-feira na ilha do Sal. Apesar de actuar em playback, o grupo brasileiro fez Santa Maria "sair do chão". A mescla do axé e forró com a música tecno caiu no agrado do público que cantou e imitou as coreografias até ao último minuto do espectáculo.

A noite não podia começar melhor. A Banda Municipal abriu em grande com uma mistura de música clássica e tradicional cabo-verdiana. Uma performance fabulosa de quem navega em ondas tranquilas, num mar que conhece bem. Foi uma apresentação magnífica a provar que a homenagem da organização do festival aos seus 10 anos de caminhada é mais do que justa.

E a festa continua com o homem da casa Mirri Lobo. O autor de “Caldera Preta” foi bem recebido. Cada palavra, cada refrão ecoou em Santa Maria através de milhares de vozes. Mas a música “Encomenda d´terra”, descrita como o próprio cantor como tsunâmico em Cabo Verde, foi a que mais sucesso fez. O público pediu bis e Mirri atendeu à solicitação no final do show. Palco livre, o projecto Violinistas deu um cheirinho de um baile de rabecada.

Com um repertório antigos sucessos e de seu novo trabalho X-treme aqueceu o palco, para logo depois Dejavú "atear fogo" na praia de Santa Maria. Foi uma actuação contagiante de um jeito que só os brasileiros conseguem fazer. A sintonia dos foliões com a banda surpreendeu a própria vocalista. “Foi emocionante, muito calorosa. Brasileiro é quente, mas aqui também o povo pega fogo. Adoramos. Com uma recepção destas nós queremos voltar para Cabo Verde”, disse.

Ferro e Gaita fechou com chave de ouro a primeira noite. Gaita e ferrinho, composições que marcaram a longa caminhada do grupo pelos palcos dos festivais do país e da diáspora cabo-verdiana fazem ainda o mesmo fervor nos arreais de Cabo Verde. Ao som do funaná ninguém arredou o pé até às 6h00, quando o Sol já espreitava no horizonte.

Tenda electrónica foi um sucesso

Enquanto uns vibravam com os grupos convidados, outros dançavam numa tenda privada ao som da música electrónica; uma espécie de discoteca ambulante. O espaço esteve sempre abarrotado de jovens para dançar. Teve quem entrou logo início da noite e de lá não saiu até ao raiar do Sol. A tenda electrónica tem bares e pequenas lanchonetes, como alternativa às barracas de comes e bebes, instaladas mesmo ao lado.

Refira-se que a primeira noite do Festival de Santa Maria decorreu dentro da normalidade. Apenas alguns registos na Polícia Nacional e na Cruz Vermelha, mas nada que se compara aos anos anteriores, conforme o comandante regional da PN, Manuel Tomás.