Presidenciais/Manuel Inocêncio: Apagão atrasa primeiro comício de pré-campanha

16-07-2011 17:44

 

 

Uma falha de energia interrompeu a estreia da máquina de campanha de Manuel Inocêncio Sousa nos comícios de rua, ontem à noite, no Mindelo.

Cerca das 22:30, altura em que discursava o mandatário do candidato apoiado pelo PAICV, a cidade do Porto Grande mergulhou na escuridão, situação que se prolongou por quase meia hora e levou a que parte do público acabasse por abandonar a rua Baltazar Lopes da Silva. 

Reposta a normalidade, e ainda perante uma boa assistência, num típico e morno comício de pré-campanha, João do Rosário prosseguiu a sua intervenção, marcada pelas críticas indirectas a Aristides Lima, que decidiu avançar para a corrida, mesmo depois de lhe ter sido negado o apoio do partido do qual foi secretário-geral. 

Segundo - e último - a usar da palavra, Inocêncio defendeu as linhas programáticas que afirma querer levar consigo para o Palácio do Plateau. Entre elas, atracção de investimento externo e internacionalização das empresas nacionais. O ex-ministro das Obras Públicas assegurou que se candidata "para servir" o pais.

"Não tenho nenhuma razão egoísta, de vaidade ou de qualquer outro tipo, para ser candidato à Presidência da República", garantiu.

Contrapondo uma deixa usada por Jorge Carlos Fonseca, seu adversário eleitoral, Manuel Inocêncio, engenheiro 
civil de formação e figura central do núcleo político dos dois primeiros executivos de José Maria Neves, alertou para os riscos da chefia do Estado ser exercida por alguém que esteja empenhando em ser oposição à maioria ‘tambarina'. 

"Um pais frágil como nós não precisa de presidentes que pensam que vão fazer contraponto ao governo", rebateu.

Este Sábado, a caravana de Inocêncio vai estar em Santo Antão para uma visita de um dia. O candidato deverá regressar a São Vicente dentro de uma semana, já durante a campanha eleitoral, cujo arranque acontecerá dia 23.