Presidenciais: JCF promete ser um presidente atento aos valores da cabo-verdianidade

01-08-2011 13:52

 

Cidade dos Espargos, 31 Jul (Inforpress) – O candidato às eleições presidenciais Jorge Carlos Fonseca garantiu, esta noite, na ilha do Sal, que, se for eleito no dia  7 de Agosto,  será um  presidente atento aos  valores de Cabo Verde, que considera estar em  continua degradação. 

Durante um comício nos Espargos, em que discursaram o presidente da Câmara do Sal, Jorge Figueiredo, e  Jorge Santos, um dos  vice-presidentes do MpD, o candidato prometeu trabalhar junto com o Governo para garantir  a coesão  social e nacional  e  recuperar  os  valores  como a liberdade, a democracia, a tolerância e o respeito pela diferença. 

“Todos esses valores da cabo-verdianidade temos que restaurá-los porque  um  país  não se desenvolve e não avança sem ter valores morais e éticos que dão substância à democracia e a um Estado de Direito”, disse Jorge Carlos Fonseca.

O candidato presidencial demonstrou a sua preocupação com os casos da gravidez precoce que, segundo os seus dados, ascendem a quase três mil casos, só no ano de  2009,  salientando que há necessidade de políticas mais adequadas para combater esse  fenómeno.

Prometeu, igualmente, ser um presidente amigo do poder local e, falando concretamente da ilha do Sal, que, segundo os desabafos de Jorge Figueiredo,  “não tem merecido apoios  do Governo”, o candidato afirmou que, ao ser eleito, estará atento para que as câmaras municipais não sejam discriminadas em função da sua cor política.

“É inaceitável na democracia, num Estado de direito, é contra a Constituição da República discriminar uma câmara municipal só pelo facto da mesma não ser da cor  política do Governo”, condenou, acrescentando que, nestas circunstâncias, usará  o seu poder para, “em último caso, corrigir o Governo”.

Jorge Carlos Fonseca garantiu, também, que, ao ser eleito, será um presidente amigo dos empresários e das empresas cabo-verdianas e prometeu  fazer “alguma coisa” no sentido de ajudar os empresários a saírem do sufoco provocado pelos aumentos sucessivos das cargas fiscais.

“Nos últimos 10 anos, a carga  fiscal, os impostos subiram 42 por cento. Empresas de Cabo Verde estão quase sufocadas por impostos. Por isso, temos de libertar-lhes um pouco, libertar empresas, famílias e cidadãos para poderem criar empregos, gerar  riquezas, que é  única maneira de combater o desemprego, sobretudo junto de jovens”, apontou.

Jorge Carlos Fonseca  apelou ao voto dos salenses na sua candidatura, argumentando, à semelhança do Grupo Independente Movimentar Sal (GIMS), que, com o apoio de um partido político, ganhou as eleições e “está a fazer um trabalho no Sal”, ele também, com o apoio de um partido político, ganhando as eleições, poderá ser um bom presidente.

“Um presidente isento, cooperante com o Governo, mas  também uma voz  activa que pode falar em nome do povo e dos mais fracos”, sublinhou.