Cidade da Praia, 28 Jul (Inforpress) – Os candidatos às eleições presidenciais de 7 de Agosto, manifestaram a sua satisfação pelo seu desempenho pessoal no segundo e último debate rádio-televisivo em directo e em simultâneo, realizado na noite desta quarta-feira, na Praia. 

À saída desse momento tão esperado pelos apoiantes de cada candidatura, que festejaram o momento junto do Palácio do Platô, Aristides Lima, Joaquim Monteiro, Jorge Carlos Fonseca e Manuel Inocêncio deram-se nota positiva pelo debate da noite, que não brilhou por grandes momentos de polémica. 

O sentimento de missão cumprida foi reiterado por Jorge Carlos Fonseca, apoiado pelo MpD (oposição), que, entretanto, criticou o modelo de debate a quatro, ainda que “um pouco mais vivo do que o debate anterior” (de 6 de Julho).

Na sua óptica, Aristides Lima foi o “mais contraditório durante o debate”, porquanto insistiu em como é um “candidato da cidadania”, que é independente, quando “toda gente sabe que é deputado (do PAICV) neste momento”.

Acredita que, depois do debate, os discursos vão endurecer, mas pede que todos participem “civicamente, entusiasticamente”, para eleger aquele que “tem de ser um factor de equilíbrio no sistema político” cabo-verdiano e capaz de congregar os grandes desígnios nacionais, com destaque para a contenção da insegurança.

Manuel Inocêncio acredita que esteve bem no debate, que considerou mais uma oportunidade para levar aos cabo-verdianos e às cabo-verdianas a mensagem da sua candidatura e da sua motivação para candidatar-se à presidência da República.

Apesar das limitações do modelo do debate, acha que passou a sua visão de “uma presidência de acção”, que vai, efectivamente, contribuir para a aceleração do desenvolvimento de Cabo Verde, para a melhoria das condições de vida dos cabo-verdianos em todas as áreas.

O facto de ter sido governante durante 10 anos, confirmou o candidato, “vai ser um grande capital para o exercício de uma presidência activa em Cabo Verde”. E a cada dia que passa, sente um clima “indubitável de vitória”, indicou o candidato, revelando a sua satisfação pela primeira semana de campanha.

Aristides Lima, que acredita estar à frente na preferência dos cabo-verdianos, admitiu ter tido uma prestação muito positiva, apesar do condicionamento pela forma como o debate audiovisual foi organizado.

O mais importante, defendeu o candidato, é que pôde passar a sua mensagem sobre o exercício de uma presidência para servir Cabo Verde. “É claro que houve um ou outro momento de polémica em que depois não se conseguiu ir até ao fim na argumentação”, mas espera que as pessoas atentas tenham conseguido perceber a diferença entre as diversas candidaturas.

No que resta da sua campanha eleitoral, Aristides Lima prometeu “continuar a trabalhar junto dos nossos eleitores, esclarecer as nossas ideias, para prepararmos a nossa eleição no dia 7 de Agosto”.

O presidenciável Joaquim Monteiro continuou a advogar a necessidade de as eleições presidenciais serem apartidárias para cimentar a democracia cabo-verdiana.

Neste bipolarizado Cabo Verde, o “candidato do povo” pensa que está valendo a pena a sua candidatura e espera que os cabo-verdianos o escolham no pleito que se avizinha. 

Joaquim Monteiro apelou ao voto de todos no sufrágio presidencial de 7 de Agosto e comprometeu-se a continuar a “conquistar” o eleitorado para a sua candidatura.