Presidenciais: Joaquim Monteiro afirma que adversários estão a gastar mais de 500 mil contos

30-07-2011 21:03

 

Mindelo, 30 Jul (Inforpress) – O candidato a presidente da República, Joaquim Monteiro, acusou, hoje, os seus três adversários de gastarem para cima de 500 mil contos nesta campanha eleitoral, enquanto ele, “candidato do povo”, fá-lo a pé, com meios próprios e escassos. 


Joaquim Monteiro chegou, sexta-feira à noite ao Mindelo, depois de nove dias de campanha na ilha de Santiago, e desde esta manhã que o homem não parou um minuto.

Começou a maratona pelo comando da Polícia Nacional para deixar um “abraço de fraternidade” ao pessoal e pedir-lhes que se “mantenham firmes e corajosos”.

Sempre de táxi, a pingar suor, subiu Rua de Lisboa acima, distribuiu apertos de mão e um “sou candidato a presidente da República”, entrou nos cafés, abraçou quantos pôde.

O candidato visitou o Djibla, seu “amigo e companheiro de infância”, um apoiante de há mais de um ano, para lhe agradecer o ter afixado na montra da loja material de campanha do “candidato do povo”.

Quando a pé, Djack Monteiro não anda, corre. Subiu as escadas do mercado de verduras a correr. Abraçou, distribuiu apertos de mão, comeu banana madura e ofereceu-se para apoiar na criação de uma associação dos mercadores capaz até de importar para abastecer a ilha toda.

À saída do mercado, Djack Monteiro estendeu a mão a uma velhota. Mas alheia à campanha eleitoral, a mulher alongou a mão mas para medir uma “esmola de sábado”. O candidato do povo levou a mão ao bolso, puxou uma nota de mil escudos que entregou à mulher, enquanto chamava a atenção dos presentes. “É a primeira nota que dou a um cabo-verdiano nesta campanha. Não vão pensar que estou a distribuir dinheiro!”

Sempre a cumprimentar e a apresentar-se como tal, com o indispensável “sou candidato a presidente da República. No dia 7 vote em consciência”, Djack Monteiro entrou numa farmácia da Rua de Lisboa para pescar votos e comprar vitamina C, que distribuiu aos jornalistas. Afinal, disse ele, é preciso contrariar a desidratação que a gente ganha em tais corridas. Acompanhar o ritmo de Djack Monteiro é esforçoso, ele o sabe bem.

Depois de uma breve passagem pelo mercado de peixe, o candidato presidencial entrou no táxi que o levou a Salamansa, Norte de Baía, Calhau e Ribeira do Calhau. O tempo corre, escasseia.