Presidenciais: Cabo-verdianos escolhem amanhã o sucessor de Pedro Pires

06-08-2011 23:16

 

Cidades da Praia, 06 Ago (Inforpress) – Os eleitores cabo-verdianos, no país e na diáspora, escolhem, amanhã, 6 de Agosto, o quarto presidente da República na história do país, depois de Pedro Pires (2001-2011), António Mascarenhas Monteiro (1991-2001) e Aristides Pereira (1975-1991). 
 

Na corrida à sucessão de Pedro Pires, estão Manuel Inocêncio Sousa, apoiado pelo partido do Governo (PAICV), Jorge Carlos Fonseca, que tem o apoio do maior partido da oposição (MpD), Aristides Lima, que se auto-intitula “candidato da cidadania” e teve o suporte dos partidos UCID e PTS, e Joaquim Monteiro, o auto-proclamado “candidato do povo”.

Neste sufrágio de 7 de Agosto, estão inscritos 305.349 eleitores, distribuídos entre os círculos eleitorais nacional (268. 379) e da diáspora (36.970), que vão votar em mil 140 mesas de voto: 899 no país e 241 no estrangeiro.

Segundo a porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Maria João Novais,está tudo preparado para as eleições de amanhã. No arquipélago, as urnas vão abrir às 08:00, estando o seu encerramento previsto para as 18:00 e os primeiros resultados provisórios das presidenciais 2011 deverão ser anunciados duas a três horas mais tarde.

No pleito deste domingo, a CNE vai utilizar o sistema PAD, sistema electrónico de apuramento de votos, que já tinha sido testado nas eleições legislativas deste ano, sem, contudo, ter sido usado porque uma das candidaturas rejeitou os resultados enviados dessa forma.

Desta vez, a CNE garante a utilização do PAD, que envia rapidamente as informações para o Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI), na Cidade da Praia, e vai abranger 80 por cento do território nacional. Os votos das 241 assembleias na diáspora deverão chegar à CNE, por fax ou por e-mail, à medida que forem apurados, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores.

Segundo o Código Eleitoral, na segunda-feira de manhã, a CNE assumirá a contagem dos votos no processo de apuramento geral, tendo 48 horas para oficializar os resultados finais junto do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que faz de Tribunal Constitucional.

O objectivo é aprovar os números e confirmar o vencedor ou os dois nomes que irão à segunda volta nestas eleições, a ter lugar a 21 de Agosto,  para decidir definitivamente o próximo presidente da República, assim como aconteceu em 2001, quando Pedro Pires, apoiado pelo PAICV (no poder), viria a ganhar Carlos Veiga com o suporte do MpD (oposição).

Um total de 112 observadores internacionais encontra-se em Cabo Verde para fiscalizar o acto eleitoral deste domingo, sendo 16 da União Africana (UA), 82 da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), oriundos de 15 países membros, 11 dos Estados Unidos e três do Instituto de Tecnologias de Comunicação (ITC) de Moçambique.