Notas de mil e dois mil escudos foram as mais contrafeitas em 2010 - diz o relatório do BCV

09-09-2011 23:56

 

Cidade da Praia, 09 Set (Inforpress) - As autoridades cabo-verdianas apreenderam em 2010 no país, 164 notas contrafeitas, entre as quais as de mil e dois mil escudos se destacaram, de acordo com os dados do Banco de Cabo Verde (BCV). 


De acordo com o relatório anual de 2010 do BCV, as denominações de 100, 200, 500 e 5000 escudos comparticiparam com um total de 22 notas contrafeitas.

O relatório diz também que no final do ano de 2010, o valor das notas emitidas pelo Banco Central ascendia a 15.144,9 milhões de escudos, representando um aumento de 4,9 por cento face ao valor registado no final de 2009. Em valor absoluto, esse aumento foi de 189,5 milhões de escudos.

Segundo o relatório registou-se também “uma evolução pouco homogénea da emissão, por denominação, com variações face ao valor total das notas emitidas no período”.

A emissão de notas de 200, 500 e mil escudos teve uma variação positiva, enquanto a emissão de notas de dois e cinco mil escudos observou uma variação negativa.

De referir, que em 2010 foram emitidas e colocadas em circulação 5,3 milhões de notas no valor de 4.253,3 milhões de escudos, sendo 42,4 por cento das denominações de 200 e 500 escudos e 49,8 por cento da denominação de mil escudos.

Analogamente, no referido período, foram retiradas da circulação 3,9 milhões de notas no valor de 4.073,8 milhões de escudos, por não oferecerem qualidade para serem recolocadas em circulação.

Deste número 36,4 por cento das denominações de 200 e 500 escudos, 40,1 por cento da denominação de mil escudos, 22 por cento de dois mil escudos e apenas 1,6 porcento de cinco mil escudos, refere o documento.

O valor das notas emitidas pelo BCV no final de 2010 distribuía-se entre 6.844,6 milhões de escudos na posse do sistema bancário e 8.300,2 milhões de escudos afectos à circulação, representando em quantidade o total de 6,1 milhões de notas.

No relatório, o BCV salienta que a nota de cinco mil escudos, por se tratar da denominação de maior valor facial, tem sido pouco apetecida pelo público e, consequentemente, pouco circulada, o que justifica a variação negativa de 7,5 por cento.

Por outro lado, a variação negativa de 11,3 por cento verificada na nota de dois mil escudos ficou a dever-se a uma gestão comedida do stock desta denominação.

De igual modo, as denominações de 200 e 500 escudos, por tratarem de valor facial baixo e naturalmente muito circuladas devido à sua função de moeda de troco, têm merecido uma atenção especial, de forma a manter-se a qualidade de circulação satisfatória dessas denominações.