Ministros defendem "publicação sistemática" de documentos em português... (ATUALIZADA)

22-07-2011 21:59

 Luanda, 22 jul (Lusa) -- Os chefes da diplomacia dos oito países lusófonos apelaram hoje em Luanda a uma "persistente concertação da ação política" para a introdução do português como "língua de documentação" das Nações Unidas.

Aquela posição consta do comunicado final da XVI Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que decorreu hoje em Luanda.

Para a introdução do português como "língua de documentação", os ministros defendem "a publicação sistemática em português de documentos da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança, da Conferência Geral da UNESCO e das Agências, Fundos e Programas das Nações Unidas".

A promoção e utilização da língua portuguesa nas organizações internacionais constituíram, aliás, o tema do debate geral da reunião dos chefes da diplomacia lusófonos.

Segundo o documento saído da reunião, os ministros realçaram a importância de continuar a impulsionar o Plano de Ação de Brasília, que visa promover, difundir e projetar a língua portuguesa, "no que diz respeito à consolidação do português como língua oficial ou de trabalho nas organizações internacionais", nomeadamente naquelas que a CPLP está representada.

Além da "publicação sistemática" de documentos em português, os ministros instaram à criação de um "corpo de tradutores especializados" em português no âmbito do secretariado da ONU, que seria financiado, "parcial ou integralmente", por contribuições dos estados membros da CPLP.

Os ministros defenderam ainda o reforço do apoio ao Departamento de Informação da ONU, especialmente à Secção de Língua Portuguesa da Rádio da ONU.

No âmbito da promoção e divulgação da língua portuguesa e tendo em vista a reestruturação do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), os ministros comprometeram-se a acelerar o processo de ratificação dos seus Estatutos.

Relativamente ao acordo ortográfico, os ministros instaram os estados membros que ainda não o ratificaram, a fazerem-no e, aos que já o ratificaram, que adotem medidas para a sua aplicação