José Maria Neves apela os cabo-verdianos a votarem contra “os intriguistas
O presidente do PAICV (no poder), partido que apoia a candidatura de Manuel Inocêncio Sousa, apelou num comício em Vila Nova, Cidade da Praia, aos cabo-verdianos a votarem contra “os intriguistas” e “desleais”, que dizem ser daquele partido.
Conforme este líder político, os “intriguistas” são pessoas que, no palco, dizem bem da sua governação e que, nos contactos porta a porta, dizem outra coisa completamente diferente.
“São pessoas que dizem defender Amílcar Cabral e serem do PAIGC que o assassinaram por causa da intriga, sede de poder e desrespeito às escolhas feitas por Cabral”, acusou o também primeiro-ministro, que foi mais longe dizendo que foi o chefe dos seguranças de um dirigente do PAIGC o responsável pela morte do herói nacional.
José Maria Neves aproveitou, ainda, para apelar aos presentes, à semelhança do que aconteceu a 6 de Fevereiro, a irem às urnas no dia 7 de Agosto, pese embora seja um mês de férias.
Para este responsável político, o presidente da República é guardião da Carta Magna, mas Cabo Verde precisa de um presidente que “não fique apenas com a Constituição debaixo do braço e a falar sobre as suas alíneas”.
“Precisamos de um presidente de acção, que age, que está entre nós e que anda para ver os desafios de desenvolvimento, os problemas do país, para poder contribuir, junto com a juventude, para resolver esses problemas”, disse, rematando que o engenheiro é aquele que, entre os quatro candidatos, tem mais experiência de governação.
Por seu turno, o candidato ao Palácio do Platô instou os presentes a terem em atenção os discursos que estão a ser feitos durante a campanha por cada um dos candidatos à presidência da República.
“Nós temos estado a ouvir mensagens que deixam transparecer que a motivação de alguns candidatos é fazer contraponto ao Governo, uma espécie de oposição ao Governo a nível da presidência da República”, afirmou.
Segundo Manuel Inocêncio, a oposição ao Governo é feita pelos partidos da oposição que estão no Parlamento, devendo o presidente da República criar condições para que todas as instituições, para que todos os órgãos de oberania cumpram o seu papel, criando melhores condições para que Cabo Verde avance.
Disse, igualmente, que a mensagem de uma presidência de estabilidade, que quer trabalhar para a modernização de Cabo Verde e capaz de reforçar o esforço do Governo para o desenvolvimento, é uma mensagem que sente estar a passar na sociedade cabo-verdiana.