Irene, a tempestade tropical, provocou 18 mortos nos EUA

29-08-2011 11:01

 

 

Depois de ter passado a tempestade tropical, o furacão Irene atravessou a a cidade de Nova Iorque, onde fortes chuvas e ventos provocaram inundações e cortes de energia elétrica. Na sua passagem pela costa leste dos Estados Unidos, o Irene provocou 18 mortos.


A Carolina do Norte, o primeiro estado no qual o Irene tocou a terra, na manhã de sábado, como furacão de categoria 1 e com ventos de 140 km/h, registou o maior número de mortes, seis, incluindo uma criança de 11 anos que morreu após uma árvore cair sobre o apartamento em que vivia.


Outras quatro vítimas foram registadas na Pensilvânia, três na Virgínia, duas em New Jersey e uma em Connecticut, outra na Flórida e outra em Maryland.


O presidente americano, Barack Obama, disse no domingo que a emergência causaa pel tempestade tropical Irene não acabou, e que os esforços de recuperação poderão levar vários dias ou semanas na costa leste.


"Os impactos desta tempestade serão sentidos por algum tempo. E o esforço de recuperação durará semanas. Pode haver falta de energia durante alguns dias em algumas regiões", destacou.


Os três principais aeroportos da região de Nova Iorque serão reabertos esta segunda-feira depois de terem sido fechados devido à chegada do furacão Irene, informaram fontes oficiais.


O aeroporto John F. Kennedy de Nova Iorque e o aeroporto de Newark, em New Jersey reabrirão às 06h00 locais, enquanto que o aeroporto de La Guardia abrirá às 07h00 locais, disse a Administração Federal de Aviação no seu site.


O olho da tempestade, que ainda produz ventos de 105 km/h e chuva quase horizontal, passou pela Big Apple pela manhã, enquanto milhões de pessoas ficaram sem energia ao longo do Atlântico.


Em Nova Iorque, que tinha lançado uma inédita ordem de evacuação obrigatória para 370.000 pessoas, os efeitos do Irene foram sentidos com potentes chuvas, relâmpagos e fortes rajadas de vento.


No entanto, a cidade escapou quase ilesa ao temido furacão diminuido para tempestade tropical, o primeiro a ameaçar a cidade desde o Gloria em 1985, já que apenas foram registadas inundações nas ruas e nos subsolos assim como quedas de árvores.


Coney Island em Brooklyn e Long Island foram as zonas mais afetadas pelo fenómeno.


Nova Iorque transformou-se numa "cidade fantasma" desde o meio-dia de sábado, com transportes públicos suspensos, aeroportos e lojas fechadas.


"O pior já passou", anunciou o mayor da cidade, Michael Bloomberg, no domingo à tarde, que não pôde dar uma data exata para a retomada do serviço de metro, crucial para a deslocação diária de milhões de nova-iorquinos, mas anunciou que a ordem de evacuação lançada na sexta-feira tinha sido suspensa.


O Irene tocou a terra pela segunda vez nos Estados Unidos este domingo em New Jersey como um ciclone de categoria 1, com ventos de 120 km/h.


Depois de Nova Iorque, a tempestade tropical Irene, que se deslocou para o norte a uma velocidade de 40 km/h, passou por Cape Cod (Massachussetts), de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC).


Os danos provocados pela passagem do furacão Irene podem alcançar milhares de milhões de dólares, afirmou o governador do estado New Jersey, Chris Christie. Só em New Jersey, cerca de 650.000 pessoas ficaram sem eletricidade nas suas casas, informou o governador.


Em Nova Iorque, o número ascendeu aos 62.000 cidadãos, indicou por sua vez a Bloomberg. Os piores cortes ocorreram na região de Washington e afetaram quase 2 milhões de pessoas.


Moradores de regiões afastadas do mar também sentiram o impacto do furacão, que atravessou a costa atlântica americana, uma das regiões mais povoadas do mundo com 65 milhões de habitantes.