Cidade da Praia, 01 Set (Inforpress) – O indicador de confiança no consumidor manteve a tendência ascendente nos últimos trimestres, conforme os resultados do Inquérito de conjuntura no consumidor referente ao 2º trimestre de 2011, apresentados hoje pelo Instituo Nacional de Estatísticas (INE).
Os dados revelam que o indicador de confiança evoluiu favoravelmente face ao trimestre anterior, atingindo o valor mais alto dos últimos quatro trimestres consecutivos. Entretanto, informa o INE, quando comparado com o período homólogo de 2010, observa-se que o mesmo manteve estagnado.
Na realização deste inquérito, foram avaliados a situação financeira das famílias no seu lar, a situação económica geral do país e o desemprego no país nos próximos 12 meses.
Os resultados demonstram ainda que os transportes e serviços e a indústria transformadora são os sectores que, neste momento, merecem melhor nível de confiança e onde o clima económico é melhor. No extremo negativo, estão o turismo e a construção.
No que se refere à actual situação económica das famílias no seu lar, 56% dos inquiridos responderam que os rendimentos dão à justa, apenas um por cento declarou estar a poupar e 17 por cento dizem estar a poupar alguma coisa. Tês por cento afirmaram que estão a recorrer a poupanças e um por cento está a endividar-se.
Globalmente, as famílias inquiridas afirmaram que a situação dos seus lares evoluiu negativamente no trimestre em análise face ao trimestre homólogo, ou seja, o segundo trimestre de 2010.
Desfavorável evoluiu também a situação económica do país. Segundo os entrevistados, os preços de bens e serviços aumentaram significativamente face ao trimestre homólogo.
O nível de desemprego aumentou relativamente ao mesmo do período do ano 2010, consideraram as famílias inquiridas, cujas perspectivas encaminham para um aumento significativo do nível de desemprego nos próximos 12 meses.
Para os próximos 12 meses, perspectivam também a continuidade do aumento dos preços dos bens e serviços e uma evolução desfavorável da situação do seu lar e da situação económica do país face comparado com o mesmo período de 2010.
Quando questionados se tencionam comprar um carro nos próximos dois anos, 95 por cento responderam ter a certeza absoluta que não irão fazê-lo e apenas dois por cento responderam afirmativamente. A mesma percentagem (dois por cento) afirmaram ter a certeza que irão construir ou comprar uma casa nos próximos dois anos.