Ilha Brava: Basquetebol na ilha precisa de mais incentivos – responsável

28-07-2011 23:48

 

Cidade de Nova Sintra, 27 Jul (Inforpress) – O responsável pelo basquetbol na ilha Brava,  João da Rocha, admitiu hoje que a ilha tem “grande potencial”, com jogadores que podiam estar a jogar na selecção cabo-verdiana, mas que não há incentivos para a sua prática. 


João da Rocha expressou a sua tristeza pelo facto de o basquetebol na ilha Brava não ter expressão quando há “muitos bons jogadores”. 

“O basquetebol aqui na ilha está parado, há 18 anos que estou a viver na Brava que venho tentando implementa-lo”, frisou. 

Na ilha Brava, assegurou, os apoios são canalizados apenas para o futebol o que torna difícil a organização de um campeonato regional e ter representação  nos campeonatos nacionais e mostrar o talento dos jogadores da ilha. 

Neste momento, segundo João da Rocha, existem três equipas de basquetebol que competem apenas quando o entrevistado da Inforpress resolve procurar patrocínio para realizar um torneio, nos torneios de São João ou quando são convidados para jogar em torneios fora da ilha. 

“A primeira vez que fomos jogar na Cidade da Praia tínhamos dois anos sem treinar por falta de materiais, mas ficamos em terceiro lugar do torneio de Independência. Imagina se tivéssemos a treinar todos os dias”, declarou. 

Ainda segundo João da Rocha há cerca de um ano que o basquetebol está “parado na ilha”, uma vez que as tabelas que existiam foram danificadas. 

“No ano passado na época de São João a tabela foi retirada do polivalente de Santana e colocada no polivalente de Lém e os meninos partiram o arco, depois voltaram a coloca-lo aqui em Santana, mas as crianças voltaram a quebra-lo”, adiantou. 

Neste momento João da Rocha diz estar a espera de um par de tabelas para adultos e outra para crianças, promessa da ministra da Educação e Desporto, Fernanda Marques, quando, em Junho, a governante  visitou a ilha Brava. 

João da Rocha explicou que um dos seus objectivos este ano é a criação de uma associação de basquetebol na ilha e como forma de enquadrar as três equipas em clubes desportivos federados para possibilitar a organização de um campeonato regional. 

Outro problema que João da Rocha identifica na ilha e que diz necessitar de resolução é o horário para cada modalidade praticar e fazer uso dos polivalentes, já que segundo contou o futebol dispõe de mais horas nos polivalentes e muitas vezes quando “nós estamos a treinar querem tirar-nos para praticar futebol”. 

A ilha Brava conta com um grande número de repatriados dos Estados Unidos que jogam basquetebol e João da Rocha tem vindo a fazer um trabalho educativo ensinando muitos jovens da ilha a modalidade.