Guiné-Conacri: Comunicação social proibida de mencionar atentado contra Presidente
Conacri, 27 jul (Inforpress) - A autoridade para os "media" do Governo da Guiné-Conacri proibiu os órgãos de comunicação social nacionais de mencionar "o atentado contra a vida do chefe de Estado" bem como "qualquer emissão interativa de caráter político".
Segundo jornalistas guineenses hoje citados pela agência francesa AFP, o Conselho Nacional da Comunicação (CNC) da Guiné-Conacri tomou esta medida na segunda-feira, menos de uma semana depois do atentado de 19 de julho contra o Presidente Alpha Condé.
O Presidente da Guiné-Conacri saiu ileso do ataque, mas um dos seus guardas morreu e outros dois ficaram feridos.
Nos últimos dias, 25 militares e 13 civis foram detidos por envolvimento no atentado.
Vários grupos de imprensa – sindicatos de jornalistas, confederações de meios audiovisuais e editores de jornais - da Guiné-Conacri emitiram um comunicado conjunto onde “lamentam profundamente” a decisão do CMC.
“[A proibição] é uma violação flagrante da Constituição, que consagra a liberdade de imprensa entre as liberdades fundamentais”, lê-se no comunicado.