Fogo: Um grupo de reclusos da Cadeia Civil de São Filipe transferidos para São Martinho devido a sup

04-10-2011 19:48

 

 

A transferência dos reclusos foi uma iniciativa da própria Direcção-geral no sentido de descongestionar a Cadeia Civil de São Filipe, mas, apesar desse processo, o estabelecimento prisional continua superlotado. 

A Cadeia Civil de São Filipe tem capacidade para uma população prisional na ordem dos 60 a 70 reclusos, mas no final de Setembro chegou a ter cerca de 100 indivíduos dos dois sexos, facto que motivou a transferência parcial dos reclusos.

Como a população prisional ultrapassa, ainda, os 80 reclusos, superior à capacidade do espaço, por isso não se descarta a redução do efectivo com novas transferência de reclusos para a Cadeia Central de São Martinho.

O número de reclusos tem aumentado de forma significativamente nos últimos tempos, razão pela qual o estabelecimento apresenta-se sempre superlotado.

A população prisional podia ser bem maior, pois no inicio de Abril deste ano um grupo de 30 reclusos foram transferidos para a Cadeia Central de São Martinho, na ilha de Santiago, pelas mesmas razões.

A Cadeia Civil de São Filipe recebe reclusos das ilhas do Fogo e da Brava e nos meados de Setembro um terço da sua população prisional estava a cumprir penas ou a aguardar a instrução de processos relacionados com o tráfico e consumo de drogas (cannabis e cocaína).

A seguir ao tráfico de estupefacientes, aparecem os crimes relacionados com furto e violação sexual, crimes contra propriedade e contra pessoas, homicídios, não pagamento de multas e de outro carácter.

Ultimamente, as várias pessoas julgadas e condenadas a  prisão por crimes relacionados com violência baseada no género, VBG, viram as suas penas suspensas em troca de trabalhos comunitários (hospital, Instituto Cabo-verdiano de Criança e Adolescentes, Serviço de Saneamento) e a obrigatoriedade de consultas regulares na psicóloga. JRInforpress/Fim