Empresa Maltauro ameaça paralisar as obras da circular do Fogo por atraso no pagamento

25-08-2011 19:38

 

Cidade de São Filipe, 25 Ago (Inforpress) – A empresa Italiana Construzioni Giuseppe Maltauro – SPA está a ameaçar paralisar as obras de reabilitação e extensão da circular do Fogo, iniciadas no mês de Março de 2010, devido a atrasos no desbloqueio e transferências de verbas. 

A direcção da empresa na ilha do Fogo não avança quaisquer informações já que não está autorizada para tal, alegando que todas as informações relativas à circular do Fogo devem ser prestadas pelo dono da obra, neste caso o Ministério das Infra-estruturas e Economia Marítima.

Contudo, uma fonte da empresa disse à Inforpress que a ameaça da paralisação das obras deve-se, por um lado, a atrasos no desbloqueio e pagamento, mas também ao atraso registado em relação à implementação do projecto de substituição da conduta de água e substituição dos postes e redes da telecomunicação e energia.

O atraso verificado sobretudo na substituição da conduta de água, refere a mesma fonte, tem condicionado sobremaneira o andamento das obras da circular. Para a substituição da conduta foi elaborado um projecto, orçado em 600 mil contos a ser mobilizados pelo Governo.

No passado mês de Junho, aquando da sua visita à ilha do Fogo, o primeiro-ministro deixou entender que o Governo ia encontrar parceiros para esse financiamento, que ainda não foi desbloqueado, nem tão pouco foram encomendados os materiais e equipamentos necessários, o que pressupõe que todo esse processo só poderá estar concluído no final deste ano ou início do próximo, caso as autoridades avancem neste momento.

O ministro das Infra-estruturas, José Maria Veiga, garantiu quarta-feira, na Cidade da Praia, que as obras da circular do Fogo não irão paralisar, apesar de reconhecer existirem alguns constrangimentos com a mobilização dos recursos para a substituição da conduta de água, bem como problemas de fiscalização.

Prometeu, entretanto, que esses assuntos serão analisados, ainda esta semana, com a empresa Maltauro, que já tinha paralisado as obras da circular do Fogo, em Dezembro de 2010, por razões semelhantes, tendo-as retomado um mês depois com a intervenção do Ministério.