Cidade da Praia, 05 Set (Inforpress) – A ministra-adjunta e da Saúde, Cristina Fontes Lima, reconheceu, hoje, que o mestrado em saúde pública, uma iniciativa da Uni-CV, se reveste de grande importância para o país que precisa cada vez mais da prevenção de doenças.
Cristina Fontes Lima, que falava na abertura do primeiro curso de mestrado em saúde pública, promovido pela Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), defendeu que o país só poderá atacar os problemas de saúde se trabalhar na prevenção.
Lembrou que, numa recente visita a Santo Antão, pôde verificar que 50 por cento dos internamentos ficam a dever-se ao consumo exagerado do álcool. Daí, segundo a ministra, ser necessário que sejam feitos trabalhos de prevenção não só a nível do alcoolismo, como também de outros hábitos maléficos, como o cigarro, a droga, etc.
“Temos que construir uma saúde preventiva”, advogou Cristina Fontes Lima, chamando a atenção para a necessidade de serem identificados os factores de risco.
Para a governante, se não for feito um trabalho de prevenção não há dinheiro que chegue para garantir a sustentabilidade no domínio da saúde.
Segundo ela, hoje, Cabo Verde tem novos desafios a enfrentar no sector da saúde, tendo em conta que as doenças não transmissíveis, como a hipertensão, as diabetes e a oncologia estão a bater à porta do país. Explica que a causa dessas doenças é o começo do envelhecimento da população.
Revelou que o seguimento oncológico de um doente custa ao país 300 contos mensais.
“Esses custos são incomportáveis para qualquer país e, muito menos, para um país como o nosso”, sublinhou a ministra da Saúde, para depois realçar quão é necessário que se trabalhe na prevenção.
Disse que gostaria de chegar ao fim do seu mandato, como ministra da Saúde, com a sensação de ter ganho a batalha de convencer as pessoas de que é na prevenção que está o ganho.
Por seu turno, o ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação, António Correia e Silva, congratulou-se com a iniciativa da Uni-CV e aproveitou a oportunidade para anunciar que o seu Ministério vai dedicar à saúde a sua primeira edição de universidade de verão, envolvendo as cinco instituições de ensino superior do país com oferta no rama da saúde.
Esta iniciativa inédita, segundo Correia e Silva, terá lugar na última semana deste mês e será dedicada à biologia molecular e doenças tropicais. Contará com a participação de conceituados professores espanhóis.
Em Março do próximo ano, garante o ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação, será organizado um outro seminário sobre a biologia molecular, em parceria com uma rede europeia de institutos de investigação na matéria.
Cristina Fontes Lima defende saúde preventiva