CPLP: Chefe da diplomacia angolana salienta "passos positivos" na Guiné-Bissau

22-07-2011 22:19

 

 Luanda, 22 jul (Inforpress) – A situação na Guiné-Bissau registou "passos positivos", disse hoje em Luanda o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chicoti, após a XVI reunião ordinária de Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). 


O governante angolano disse aos jornalistas, no final da reunião, que foi aprovado pelos ministros o roteiro de cooperação entre a CPLP e a CEDEAO, no âmbito do acompanhamento da Guiné-Bissau. 
“Temos a questão da Guiné-Bissau, onde Angola tem em andamento uma missão de observação de apoio à Guiné-Bissau, no domínio da reforma do setor de defesa e segurança, isso é importante”, disse Georges Chicoti, salientando que outro ponto positivo da missão angolana, é ter conseguido melhorar o diálogo político entre esse país africano e a União Europeia. 
Relativamente à admissão da Guiné-Equatorial na CPLP, o ministro angolano disse que foram igualmente dados “passos significativos”, referindo a existência de um programa e um plano de acção, bem como a realização de visitas àquele país observador [da Comunidade], considerando-o também “um passo importante”. 
O orçamento da CPLP, um valor abaixo dos dois milhões de dólares e considerado ínfimo para os novos desafios da organização, mereceu também uma evolução nessa reunião, tendo as partes concordado em melhorar a verba para o próximo ano. 
“Estamos todos satisfeitos com uma nova sede, novas direções e mais trabalho para os nossos funcionários da CPLP, porque também é interesse dos nossos membros conferir uma certa dignidade e visibilidade à CPLP”, disse o ministro, adiantando que a decisão do novo orçamento merece ainda uma discussão técnica entre as partes. 
Na reunião de hoje, os chefes da diplomacia da CPLP puderam ver já imagens da nova sede da organização, uma das primeiras prioridades que Angola tinha quando assumiu a presidência em junho de 2010, segundo o chefe da diplomacia angolana. 
No que respeita ao uso da língua portuguesa nas organizações internacionais, também foram alcançados “patamares importantes”, frisou Georges Chicoti, observando que a nova Direcção de Acção Cultural tem uma grande tarefa pela frente. 
“Também abordámos outras questões internacionais, uma espécie de solidariedade ao nível da CPLP, para que possamos também estimular a questão da reforma do próprio Conselho de Segurança da ONU”, referiu. 
“São várias ideias além das resoluções que constam dos documentos. Debatemos amplamente e acho que houve uma boa participação de todos”, concluiu o ministro angolano.