Os arguidos foram detidos pela Polícia Judiciária entre Abril e Agosto de 2010 no Aeroporto Internacional da Praia quando desembarcavam no voo VR 661 da TACV, proveniente de Fortaleza, Brasil. O modus operandi era o mesmo. Após revistas aos arguidos, a polícia científica cabo-verdiana encontrou grandes quantidades de droga que os três traziam dissimulada na bagagem.
No caso de Maria Antónia, a droga – 2.439,9 gramas de pó branco – estava acondicionada em mais de 10 cabos de impressoras e embrulhada em roupas de crianças. Pelo serviço, a arguida receberia 250 contos após a entrega da mercadoria ao suposto dono, um tal de Frank. Conforme a sentença, a arguida foi três vezes ao Brasil trazendo droga, após o que para não correr mais riscos, decidiu abandonar o negócio, mas não o fez porque o tal Frank ameaçara matar-lhe a filha. Por isso aceitou fazer mais uma viagem ao Brasil. E pelos vistos foi a última porque finalmente, à quarta vez, caiu nas garras da polícia.
Já em relação à Ângela dos Santos Gomes, a PJ encontrou na sua bagagem três pacotes de cocaína com 2.711,3 gramas, um telemóvel e vários documentos. A droga seria entregue a um tal Alex e ela receberia, mediante o combinado, 300 mil escudos.
Neste rol de tráfico de estupefacientes, um homem foi também sentenciado. João Varela Carvalho trazia 1.274,6 gramas de pó dissimulado, imagine-se nos botões das calças. Os testes da PJ revelaram que a droga era de um elevado grau de pureza: 68,8 por cento.
Conforme o veredicto, os arguidos não têm antecedentes criminais e confessaram parcialmente os factos. Ângela, realçou o juiz, corroborou, de forma integral, a acusação.