Brava, o poderoso poder apelativo da ilha das flores

A distancia, da Brava, vista da ilha do Fogo, sugere uma idéia de um pedaço de terra a deriva no mar, um destroco que por qualquer capricho da natureza se desprendeu de algo maior e vagueia a caminho de um sul misterioso, de um destino austral de que só as brisas e correntes do oceano imenso sabem as coordenadas.

Brava é, de facto, o extremo meridional, a finisterra de Cabo Verde que transmite, de forma quase palpável, uma sensação de isolamento que comove e aflige, mas que se dilui suavemente ate desaparecer, quando se estabelece o contacto físico com a ilha, o seu clima, as suas gentes e a sua cultura autenticamente crioulas.

Brava é essencialmente montanha e escarpas, de onde o mar é uma visão constante, presença amiga ou sinônimo de sofrimento como atesta a historia do seu povo, cuja diáspora devera ser proporcionalmente, a maior de Cabo Verde.