Para o professor Adalberto Martins, são os condutores quem vão sair a ganhar com a construção da estrada, uma vez que a partir da sua conclusão vão poupar os carros e os pneus que são um dos maiores problemas a nível de gastos dos condutores, mola e combustível, o que vai acabar por ajudar no rendimento das famílias. 

Contudo, espera que depois que a estrada estiver pronta os condutores tenham mais prudência na hora de dirigir para evitar acidentes na ilha. 

Para além dos condutores, Adalberto Martins também realçou que tem visto vários chefes de família empregados, “trabalhando de forma corrente” e também jovens que, até há pouco tempo atrás, nada tinham para fazer. 

Por isso, fez um apelo a Câmara Municipal para fiscalizar as obras levadas a cabo pela CV Telecom e pela Electra, já que, segundo este professor, essas duas empresas destróem a estrada quando fazem escavações para resolver os seus problemas. 

Nelson Miranda é outro comerciante que viu como maiores vantagens da obra a movimentação de pessoas e de bens, neste caso de dinheiro concretamente, “porque como tenho estado a notar, muitas pessoas que antes não tinham emprego e consequentemente poder de compra agora o têm e também várias pessoas de outras ilhas, nomeadamente de Santiago, que agitam mais o comércio”. 

Em relação às desvantagens, falou do constrangimento das pessoas andarem sempre a saltar buracos, mas considerou que isso faz parte e é por pouco tempo. 

Elmano Pereira admitiu, por seu turno, que como condutor de camião já passou “muito mal” no caminho de Furna, por isso acredita que esta obra é uma riqueza para a ilha e uma grande vantagem para os condutores.