Brava: Espaço do antigo aeródromo ainda sem projectos para o seu aproveitamento

01-09-2011 17:36

 

Cidade de Nova Sintra, 01 Set (Inforpress) – A área ocupada pelo antigo aeródromo da ilha Brava, encerrado há 13 anos devido à falta de condições de navegabilidade para as aeronaves, continua ainda sem projectos para o seu aproveitamento. 

Em entrevista exclusiva à Inforpress, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Camilo Gonçalves, considerou, a esse propósito, que esse espaço localizado na zona da Fajã d`Água, uma zona turística por excelência da Brava, “é praticamente uma zona de reserva” à espera de momento certo para o seu aproveitamento. 

Segundo Camilo Gonçalves, tratando-se de uma localidade com alto potencial turístico, não se pode “precipitar” em investir a qualquer preço naquele espaço e hipotecar depois o desenvolvimento.

“O espaço está lá e no momento em que houver parceiros com uma visão integradora dentro da nossa política de turismo ético, isto é, que determina que o turismo se faça não pela procura mas sim pela oferta, avançaremos com a criação de condições para que aquela zona seja uma localidade de excelência em termos do turismo”, frisou Camilo Gonçalves.

O autarca admite, contudo, que ainda não tiveram propostas aliciantes, razão por que a autarquia continua a pensar serenamente no assunto, mas sempre com uma visão de transformar e aproveitar bem a potencialidade turística que a zona oferece.

Independentemente do futuro que se reserve para o referido espaço, Camilo Gonçalves havia garantido recentemente, em entrevista também à Inforpress, que vai continuar a lutar para que a Brava tenha o seu aeródromo, ou como alternativa, um heliporto.

O autarca diz estar consciente de que não será tarefa fácil, tendo em atenção a falta de disponibilidade de terreno, aliada às irregularidades meteorológicas que ocorrem na ilha.

Espera, entretanto, que a Empresa de Segurança Aérea (ASA) – entidade que responde por esse sector -, venha  a esclarecer, de uma vez por todas, à população, se é possível ou não construir um aeródromo na ilha Brava ou se simplesmente não existem condições financeiras para isso.

“Não é por vaidade que a Brava quer ter o seu aeródromo. É uma necessidade, porque a ausência de transportes aéreos tem penalizado a ilha”, enfatizou Camilo Gonçalves.