Boa Vista: Turistas descontentes com a forma como têm sido abordado pelos comerciantes

20-07-2011 18:45

 

 Cidade de Sal-Rei 20 Jul (Inforpress) – Os turistas que demandam a ilha da Boa Vista, estão descontentes com a forma de abordagem por parte dos comerciantes informais locais quando chegam àquela ilha e particularmente, durante a sua estada na Cidade de Sal-Rei. 


Todos os dias chegam centenas de turistas ao centro de Sal-Rei para o habitual passeio turístico e quase sempre queixam-se de “serem importunados” com as persistentes abordagens por parte dos vendedores informais, normalmente oriundos do Senegal e da Guiné-Bissau. 

Massimiliano Conti é um dos turistas de nacionalidade italiana entrevistado pela reportagem da Inforpress em Sal-Rei, sobre essa questão.

Conforme referiu, esta situação é bastante incómoda porque uma vez abordados nunca mais têm sossego. “Uma pessoa pode não estar interessada em comprar nada, como aconteceu comigo ao ser abordado por um senegalês. Eu não queria comprar nada, mas ele não parou de insistir comigo para ir visitar a sua loja. E continuou nessa insistência até a hora de regressarmos ao hotel”, sublinhou.

Maximo Peligrini, um outro turista entrevistado, é também italiano e contou que já é a terceira vez que visita a Boa Vista, mas sempre é abordado com “muita insistência” pelos vendedores ambulantes.

O português Mário Couto, que também falou à reportagem da Inforpress, confirma a situação e acrescenta que da forma como as pessoas são abordadas “é quase que uma obrigação visitar as lojas ou comprar os produtos”.

“Eu e a minha mulher fomos praticamente arrastados por um desses vendedores até ao seu posto de trabalho. Sabemos que dependem de nós, já que somos os principais clientes mas as vezes exageram”, desabafou.

A Inforpress quis auscultar também a opinião dos próprios vendedores, que entretanto afirmam ser “vítima de uma certa perseguição”, pois, alegam que para a sua sobrevivência “dependem da visita dos turistas para venderem os seus produtos já que são eles os principais compradores”.

Saico Nibar, oriundo da costa ocidental africana, é um desses vendedores/comerciantes estabelecido há nove anos na ilha da Boa Vista. Conforme disse, vender não tem sido fácil.