Autoridades ainda desconhecem origem da droga encontrada nas praias de São Miguel

 Cidade da Praia, 13 jul (Lusa) -- As autoridades cabo-verdianas desconhecem ainda a quantidade de droga que deu à costa nas praias de São Miguel (interior da ilha de Santiago), reconheceu a ministra da Administração Interna.

Marisa Morais avançou ainda que pelo número de "recipientes recolhidos, eventualmente, se trata de uma grande quantidade".

A Rádio de Cabo Verde (RCV) noticiou que deram à costa, na Calheta de São Miguel, na ilha de Santiago, vários pacotes de cocaína, desconhecendo-se até agora a procedência da droga.

Marisa Morais avançou aos jornalistas que as Polícias Judiciária e Nacional estão a tentar determinar a origem da droga e bem como apreender os pacotes recolhidos pela população. E só depois será feita a pesagem final.

"Podemos perceber pelos enxames (grande número) dos recipientes que eventualmente haverá uma grande quantidade de droga. Nessas circunstâncias, não só aqui em Cabo Verde, sem ser droga, há uma certa tendência das populações de recolher alguma coisa e tentar aquele lucro fácil e isso pode criar eventualmente alguma resistência", precisou.

Marisa Morais comentou ainda que, por aquele motivo, poderá haver alguns casos em que "eventualmente as entregas poderão não estar a decorrer voluntariamente".

A governante aproveitou ainda para alertar as pessoas de que se trata de uma "droga extremamente perigosa", e que todos devem indignar-se com aqueles que consideram que é uma oportunidade de enriquecimento fácil.

"Portanto o apelo que faço à população é que defenda os seus filhos. Estamos a falar de veneno para os nossos filhos. Portanto há aqui algumas diferenças que temos de deixar bem claras e confio que a população tem essa perceção do risco que corre", enfatizou.

Segundo a Rádio de Cabo Verde, os vários pacotes de cocaína dados à costa, nas localidades de Ponta Verde e Achada Batalha, no concelho de São Miguel, em ambos os casos, terão sido encontrados por populares.

A RCV avançou ainda que algumas crianças terão usado a substância nas suas brincadeiras, desconhecendo do que se tratava.

O Jornal A Nação, na sua edição da semana passada avançou que seriam cerca de 80 quilos, que estavam envolvidos em pacotes de plástico impermeáveis, e deram à costa depois de algum tempo à deriva no mar.

As autoridades, ainda segundo o mesmo jornal, suspeitam tratar-se de um transbordo em alto mar que correu mal, ou então de algum navio que tenha se desfeito da droga, face a uma eventual hipóteses de poder vir a ser intercetado pelas autoridades.