A visita do PR é motivo de orgulho e de expectativa – Camilo Gonçalves

24-10-2011 21:56

 

Cidade de Nova Sintra, 24 Out (Bravanews) – Na cerimônia oficial da recepção do Presidente da Republica, no salão nobre dos Paços do Concelho, o Presidente da Câmara Municipal na sua mensagem disse que a visita do Presidente da Republica é de orgulho, mas também de expectativa.

Gonçalves na sua locução, pós tónica no facto do Presidente dar grande importância ao poder local, o poder mais próximo da população. “A sua intenção de visitar todos os municípios, logo depois do inicio do seu mandato e a sua posição publica sobre a matéria do poder local, induz-me a compartilhar consigo o nosso ponto de vista sobre o poder local”.

Para o edil, não há poder publico em Cabo Verde, que faça chegar a o nível de atenção, de comodidade e de aproximação do que autarquias locais, isso para demonstrar a necessidade de haver mais atenção para com as câmaras municipais, principalmente os mais carentes e desprovidos de recursos.

Neste discurso, eminentemente vincado em questões de reforço do poder local, Gonçalves tentou apelar à necessidade de tratar as câmaras municipais da mesma maneira, afirmando, inclusive, que “não há hierarquia de importância dos municípios”.

Ainda no seu discurso, o Presidente Gonçalves, deixou o alerta de que sem um poder local forte, próximo das pessoas, um poder local com recursos financeiros para desenvolver projectos importantes de desenvolvimento, dificilmente haverá a tão falada igualdade de oportunidades e diminuição das assimetrias regionais.

Gonçalves criticou o facto das políticas estarem, mas voltadas para o “litoral” e quando isso acontece o interior ficara “mais abandonado e excluído”.

Num tom critico, Gonçalves disse que não pode haver dos países numa mesma nação. “Os municípios integram-se seguramente no rol dos sectores do Estado que mais cumprem em termos financeiros em Cabo Verde. Basta ver com que freqüência as suas contas são escrutinadas pelos serviços de controle financeiro”.

A terminar, Gonçalves falou dos ganhos conseguidos ao nível da água, da energia, da segurança, da educação, da saúde, do desenvolvimento humano, da organização urbana e da comodidade das famílias, mas vai lembrando que os desafios são muitos e que não se pode pedir mais a uma Câmara “cujos recursos financeiros postos a disposição são os mais baixos do país. Uma Câmara que encontrou uma ilha sem um jardim infantil, sem um centro da Juventude, sem um Paços do Concelho, com um nível de acesso e energia abaixo dos 11% “.

Gonçalves alega que muito mais poderia ser dito, mas entende ser o suficiente, para que o Presidente possa entender o forte engajamento da edilidade com o desenvolvimento da Brava.