Cidade da Praia, 19 Set (Inforpress) – O presidente do Movimento para a Democracia, Carlos Veiga, considerou hoje que a lei de armas vem tarde, mas que terá o aval da oposição, por ser uma das faces da solução do problema da criminalidade no país.
O líder do MpD, que falava aos jornalistas em conferência de imprensa, abordado sobre a questão da criminalidade, considerou ainda que a legislação sobre armas deve ser de facto formulada atendendo ao novo contexto que se está a viver no país, que, a seu ver, é “bastante grave”.
Segundo Carlos Veiga, o partido que lidera estará aberto a discutir uma legislação que de facto agrave as penas para a questão das armas, mas também que abrange outras normas que de facto reflictam o fenómeno na sua globalidade.
“Estaremos aqui à espera que o Governo apresente esta legislação. Creio que ela deve ir ao Parlamento e se for, o MpD não estará contra com certeza porque acreditamos que uma das faces de solução do problema deve ser essa, o tratamento a dar à questão das armas”, precisou.
De igual modo, Carlos Veiga defendeu que tem que se trabalhar no controlo da entrada de armas em Cabo Verde, tem que se fazer o controlo dos lugares onde se produzem certos tipos de armas e onde se vendem.
Refira-se que, a ministra da Administração Interna, Marisa Morais, anunciou na semana passada uma nova Lei de armas em Cabo Verde, até ao final do ano.
"A legislação nessa matéria é antiga. Neste momento estamos em processo de revisão da Lei de armas, que deverá ser levado ao Conselho de Ministros, no mês de Outubro", anunciou a governante.
Marisa Morais, adiantou ainda, que em princípio a lei será mais dura e mais abrangente, prevenindo algumas situações que a lei actual, pela sua antiguidade não consegue evitar.
"Será uma lei actualizada permitindo um maior dinamismo", sublinhou a ministra, considerando que as coimas neste momento são muito baixas, acabando por não terem qualquer efeito dissuasor, exactamente por isso.
ZS Inforpress/Fim
Revisão da Lei de Armas: Se for ao Parlamento não estaremos contra - garante oposição